
HameFura – My Next Life is as a Villainess: All Routes Leads to Doom!

My Next Life is as a Villainess: All Routes Leads to Doom! é um anime que pode ser difícil de se ver por dois motivos: primeiro seria que ele demanda boa memória; pois tem elementos do fim da trama que necessitam de atenção, as pistas estão lá desde do começo, e se você notá-los? Faz com que muita coisa faça sentido, a segunda seria vá ciente que o anime vai demolir sem dó e nem piedade qualquer clichê de Isekais e histórias de romance, aliás o “esporte” favorito aqui é pisar e fazer piada com todos os clichês de jogos otome e romances usam, os desbaratando pra torna-los numa comédia. Se você “comprar” estas duas coisas? Então ser[a uma experiência muito boa e agradável; caso contrário vai ser uma decepção garantida (né Chá de Trovão).
Vamos pra o básico sobre My Next Life as Villainess: All Routes Lead to Doom! (em português o título seria numa tradução livre: Minha Próxima Vida é como Vilã: Todas as Rotas Levam a Perdição!). O anime é baseado numa light novel escrita por Satoru Yamaguchi e desenhada por Nami Hidaka, vem sendo publicada no Japão desde 2014 (e ainda não foi finalizada), possui quinze volumes publicados (isso em 2025), também tem um mangá, um anime com duas temporadas (a primeira é o assunto deste post), um filme e um spin off em mangá lançados.
Vamos indo indo aos meus pontos de sempre pra destacar se vale a pena. Eu posso adiantar que tem outra coisa que pode afastar as pessoas. Essa é uma obra bem rara, em que as pessoas que leram a light novel, podem estranhar as mudanças e a “pressa” nos acontecimentos, além da falta de fidelidade que pode ser algo que possa afasta-las; mas eu tenho alguns argumentos.
Foi Bom
A série tem um ótimo humor. Muito da comédia depende da primeira vista e da surpresa. Vou lhes contar algo engraçado que houve comigo; ao rever esta serie pra esta análise. Me levou a pensar em algumas coisas e isso meio que fez tudo demorar um pouco mais… O efeito de rever isto aqui foi meio eu perder muita graça das piadas na segunda vista pois muitas delas perdem o “valor” do choque e da surpresa, só que em compensação a trama ficou perfeitamente clara pra mim!.
O conselho de “Bakarinas” é sempre hilário! Sempre garantindo boas piadas.
É incrível que diferente de vários Isekais onde o elemento da “outra” vida ou ida pra outro mundo, decisões e vivência anteriores são irrelevante na maioria das vezes. Aqui é um aspecto central e bem relevante pra saber o que vem da personalidade vem da “menina desgrenhada” e o que vem naturalmente da própria Caterina Claes dentro desse “conselho” de Bakarinas (não vou dizer qual delas é ela, isso faz parte da “diversão” deduzir isso), mas a vivência dela no jogo, a bondade natural dela e o “desligamento” dela das outras coisas (muito pelas preocupações com as rotas da destruição), são elementos que tornam ela “naturalmente estúpida” as coisas ao seu redor.
O engraçado que essa “inocência burra” e que torna mais natural a situação dela e que leva Catarina a não notar que os laços criados e a sua bondade irracional são as coisas que a conduzem pelo cenário em que vive agora é entender este fato deixa mais natural e “traduz” a graça de certas situações.
Só avisando e reforçando essa inocência burra tá lá desde do começo não espere coisas inteligentes ou artimanhas elaboradas desta Catarina.
Você já vai notar isso já no fim do episódio um! Em um certo momento em que um certo ser abrir o caminho pra consolar o irmão, o faz usando um machado gigante…
Aqui tem uma lição excelente de faça o bem aos outros e não espere isso retornar a você! Pois o bem irá retornar a você sempre no momento em que você menos espera.
Se perguntarem onde está a odiável vilã? Notem que ela mesma usa esta parte da sua personalidade quando lhe convém é rende alguns momentos divertidos.
Aliás um dos momentos mais divertidos é quando a Catarina na sua infância fica contando os podres do Geordo ao Alan.
Os três primeiros episódios são bem sólidos e tem alguns dos melhores momentos da serie.
O encerramento Bad End é excelente na canção e em “fixar” a mensagem de que pessoas tem várias faces, e notar essas faces pode ser algo ao mesmo tempo fácil ou difícil.
Não vou dizer que há ausência romance aqui, mas você tem que ver ciente que aqui a função da história não é florescer romances, mas em mostrar o quanto nós somos as vezes bobos, cegos e ridículos quando nos apaixonados; aliás nisso ele é bem inclusivo nos amores mostrados (vou deixar isso ao seu cargo achar, mas a serie sabe bem mostrar amor de irmão, amor de amigo, amor bi, amor homossexual e o “amor mais simples e puro”).
Eu amo o episódio 11 em como ele quebra os Isekais. Como vou explicar isso? Geralmente temos dois tipos de “preso em outro mundo”: o com saudades de casa, onde se para em outro mundo, e por melhor ou mais “fantástico” que seja esse mundo, a pessoa só luta pra sair dele (Caverna do Dragão e Sword Art Online são bons exemplos), o outro é onde se renasce/não se tem como sair do outro mundo, você tem memórias de outra vida, que lhe podem até lhe dar vantagem nessa nova jornada, mas já que não se tem como sair disso, e por causa disto, logo o fato da vida anterior se torna supérflua em importância na narrativa com o tempo. Explicado isso, este episódio despedaça esse conceito e te dá o valor das duas “almas”. Tanto a vida anterior quanto ao que se é agora! Este episódio é um anti escapismo (o que é o normal dos isekais, uma fuga da realidade). Justamente por ser uma aceitação de que ambas as vidas tem seus valores. E Catarina tem que voltar a realidade, que pois ela é resultado de todas essas duas vivências. É eu adoro o que ela faz e como o faz.
Foi Mediano
Tem piadas que dependem da surpresa, esta serie até tem um bom repertório de piadas, é por isso, estas piadas perderem a “surpresa” não acabam sendo um problema vital pra que goste da série. Fica como uma reclamação menor, e também como uma não recomendação de se ver várias vezes este anime, é o tipo de comédia que pega melhor na primeira chance.
O episódio sete pode parecer bobo e vazio, mas tem elementos importantes a trama, então dica prestem atenção.
A solução na conversa com o vilão. Eu adorei e amei. Em tempos modernos em que montam vilões as vezes tão complexos e próximos dos heróis, nós temos hoje em dia uma estranha falta de dialogo entre as partes, e isso ocorre até mesmo em casos que o mocinho sabe as motivações do vilão. Estabelecer o dialogo é bom, interessante e diferente, fica ainda melhor terminando num convencimento. O real problema é em como montaram o histórico desse vilão, que já é outro assunto e puxa essa resolução um pouco pra baixo pela “facilidade” aumentada por um certo fator.
Foi Ruim
Os episódios 4 e 5 jogam uma carga imensa de informações e quase sem paradas. O objetivo é ir direto contando a história pra te situar o mais rápido possível sobre a academia e também sobre a Maria. Só que tudo isto fica tão pesado e lento que tornam essa parte chata, parece que os episódios não terminam nunca. Até tem algumas boas piadas nesse meio, no entanto esses episódios só aprecem ser uma exposição sem limites e nem freio!
O episódio nove é o típico episódio “estilo Nolan”. Ele vai te mostrar tudo o que você já sabe de novo e de modo visual (só pra confirmar e não deixar duvidas), não contente também vai reafirmar tudo narrando de novo pra que você “saiba” e conheça toda a trama e motivação do elenco. Passaria como típico resumão da trama até ali, só que fica completamente desnecessário num anime 12 episódios. O lado bom e que usam a Anne, que é uma personagem pouco apresentada até ali, e com isto conhecemos mais sobre ela; só no fim do dia eu sinto que podíamos viver sem este episódio, e sinto que receber a história da Anne não compensa isso.
O arco final tem três coisas complicadas nele. O vilão, o conflito e o final em si. Iniciemos pelo fim, eles fazem um fim que é ao mesmo tempo é bem fechado (entre aspas evita o arco do harém reverso, o que aqui seria “re-reverso” pois estamos sacaneando um otome… ou seja a heroína indo “atrás” das garotas), ao mesmo tempo deixa na duvida se continua ou não!? Será mesmo que a Catarina acabou com as “flags”, será que ao invés do harém reverso, os acontecimentos levem a outro caminho? Como a Catarina vai levar a vida agora? A falta de “firmeza” deixa um gosto amargo nesse fim.
Hora de tratar do vilão; não vou citar o nome pra não estragar a surpresa, porém os indícios dele estar lá? Estavam desde do começo, e eu posso lhes garantir isto! Nada que um pouco mais de observação te façam notar de imediato (vou dar dicas! Observe as fofocas da escola e os detalhes na masmorra, com isso se nota detalhes importantes se observar bem, detalhes que vão ser aprofundados com o tempo); além de responder o que fez o vilão agir! E responder as suas motivações. É natural do tipo de magia que ele usa e isso fica muito bem justificado. Sinceramente as motivações que ele já tem naturalmente já são boas o suficiente, o problema e que os roteiristas criam motivações extras! E estes adicionais mais atrapalham, aliás sobre isso…
Eles criam um segundo vilão pra justificar os atos mais “vis” do vilão principal e dar um ar de essa pessoa não fez por querer os seus atos, só o fez por ter sido convencido por essa outra pessoa, o que no fim diminui os atos dele, além de diminuir o impacto do “confronto final”. Tudo fica como se o vilão “não é culpado”, é sim o “segundo” que é o “real” culpado! Toda essa “limpada” na ficha do sujeito e que deixa tudo mais fraco e vazio nos atos dele.
Conclusão
Só vou colocar umas curiosidades na frente, se for contar como se as “Bakarinas” (lembrando que o termo Bakarina é um termo “fofo” de se referir a Catarina e sua ignorância ao que ocorre a sua volta) reunissem só uma vez por dia (de verdade), já contando os 16 anos da Catarina daria no total de 5840 reuniões!? (365X16= 5840). Será que isso dá um bom problema de Vestibular!? Agora se contar a partir da ultima reunião exibida no anime (reunião n° 19.800) e dividisse por 365 pra dar uma média diária o equivalente há 53 reuniões por dia!!! (19800/365 = 53,698). Pra que serve essa conta? Sou administrador e as vezes gosto de fazer contas bobas…
Depois da cultura inútil, vamos a conclusão! Com os devidos alertas, se for procurar por algo fora da curva e “novo”? Este anime pode lhe agradar e em muito por ser uma grande diversão! Eu mesmo dou a nota 7,5. Se quer algo diferente e fora do comum!? Hamefura (apelido dado pra encurtar o título japonês que é imenso! Otome Game no Hametsu Flag shika Nai Akuyaku Reijou ni Tensei shiteshimatta…) pode ser algo que lhe agrade e em muito. Se divirta, consciente que é algo raro, e eu acho que tem grandes probabilidades de ter algo que possa lhe divertir e de trazer risos.
Eu tenho em mente que isso pode ser decepcionante pra quem quer mais uma comédia romântica mais tradicional, esta serie não é “usual” e tem um jeito bem anti convencional e “demolidor” de fazer as “coisas”; pode por isso causar rejeição e decepção!? Sim é natural ocorrer, além de compreensível; todos nós temos nossos gostos. Mas se tem algo que aprendi com o tempo e que ao falar (ou indicar) aos outros. Se tem que ter a mente mais aberta, como já falei até pra algumas coisas de notas baixa. Eu indicar ou não indicar não é uma “ordem”. Minha intenção e que você com as coisas apresentadas aqui se defina se vale a pena! Eu faço a minha parte via informação junto com minha opinião. Eu espero que esteja sendo de alguma ajuda pra lhe ajudar a decidir. E não me importo de por coisas menos populares ou de você discordar de mim, ou falar sobre “polemicas”. O que me importa é lhe ajudar.
Disponível na Crunchyroll (disponível legendado e tendo somente esta temporada dublada em português)
Galeria


Links Uteis
My Next Life is as a Villainess no Wikipédia (em inglês e com guia de episódios)
My Next Life is as a Villainess no My Anime List (em inglês)
Site oficial do anime da “Bakarina” (em Japonês)
Relacionado
Descubra mais sobre Brasil Anime Cafe
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Gundam Build Divers Re:rise

The King of Fighters 15
Você pode gostar

Gundam Seed: Stargazer
12 de fevereiro de 2024
Gundam Build Fighters
27 de novembro de 2019