Análises

Gliter Force

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Postado originalmente no Makai Knights em 03/12/17

Gliter Force

Em primeiro lugar me desculpem por tanto tempo sem postagens, não vou me alongar com desculpas, mas eu tenho que dar alguma justificativa ao menos! Encarei problemas de doença na família, e junto de outros problemas acabei ficando algum tempo fora de casa e tive que tirar licença do trabalho; na volta a minha vida ficou uma bagunça pra acertar meu dia a dia, as coisas só agora estão voltando ao lugar.

Vamos logo ao assunto deste post, que é a franquia Pretty Cure. Por anos a TOEI tentou emplacar a franquia aqui no ocidente, mas nunca conseguiu diretamente “ir” aos mercados de USA e América Latina. Daí resolveram apelar para adaptações! Inicialmente chegaram até a anunciar (por volta de 2007/2009) que lançariam uma das series desde o inicio pela 4Kids, mas os resultados ruins da empresa, junto de uma onda de criticas pelas péssimas adaptações da 4Kids, fizeram com mesmo já anunciando o lançamento! Acabasse sendo cancelada à adaptação; só que já tinham anunciado no mercado de home vídeo dos USA e alguns já tinham feito pré compra. O jeito pra não enfrentar um processo? Foi após a reestruturação da Bandai Entertainment (ao ser fechada a Bandai/TOEI passaram à revisar caso a caso os direitos de distribuição) foi delegar a distribuição à uma produtora pequena em 2015 que lançou no mesmo ano (então caso não saibam; não foi Glitter Force/Smile Precure!, a primeira série da franquia a vir ao ocidente e sim foi Futari Wa Pretty Cure/ Pretty Cure, sem cortes e com as mesmas canções que o original; porém distribuídas direto pra home vídeo no USA e Canadá), foi um lançamento bem pequeno e passou quase desconhecido). Só ganhou alguma notoriedade? Porque a TOEI resolveu se associar a Saban pra trazer a franquia Pretty Cure pro ocidente, via uma parceria com a Netflix. E acho que vocês sabem o resultado disso!?

Aqui pretendo que vejam melhor nos prós e contras da série, os motivos pra discrepância entre a serie original e sua adaptação, mas já adianto esta série foi um desastre de tal proporções que fez a TOEI no meio da produção seguinte Glitter Force Doki Doki. Resolve-se readquirir a franquia e intervir durante toda a produção de Doki Doki.

Anos atrás eu tinha visto a série original e bem agora “re-vendo” a versão Saban, bem, posso dizer que todo o estrago não é só do que a Saban fez. Já adiantando que vou comentar a versão japonesa e americana num só review! Então se preparem pra um monte de parênteses e comentários meio sobre coisas repetidas…

Foi Bom

  • As canções no original eram cativantes e grudavam fácil no ouvido! Na versão americana fizeram um ótimo trabalho de adaptação! Mantendo os mesmos encerramentos em 3d, porém traduzindo as canções (e uma ou outra foi mudada). E por mais incrível que pareça, nessa série elas não perderam força, ouso dizer que o terceiro encerramento até melhorou em inglês!
  • Na série original se tinha um grande elenco de vozes mas sinceramente, no entanto só a Misato Fuken (Emily/Miyuki) se destacava do elenco; tem o fato que a Marina Inoue faz uma série mediana, pra só dar uma alta entrega só num episódio. O que quero passar e que salvo uns brilhos ali e aqui foi uma temporada sem grandes destaques de atuação. Agora é no Brasil? Vale ver esta série dublada? Só adianto que foi um desafio e tanto de se ver! De começo ela foi dublada em Miami (bom se tem dublagens passáveis de Miami, outras são medonhas. E esta se encaixa no segundo caso!); mas não devo mentir que teve duas atrizes que entenderam seus papeis desde o começo e deram seu melhor do começo ao fim da série que foram as que fizeram a Kelsey/Akane e Chloe/Reika, mas a péssima dublagem no geral causou um caso nas redes sociais e as criticas serviram mais afrente pra uma melhora geral na dublagem e numa direção de dublagem melhor durante a segunda temporada; só que não muda o fato que a dubladora da Emily/Miyuki foi muito mal escalada e junto com a má mixagem de som doía ouvir ela.
  • O episódio 28 (35 na série original) é disparado o mais divertido de toda a série e assistam em português é um dos raros casos de o episódio é tão divertido que contagia o elenco! É disparado um dos melhores dublados.

Foi Ruim

  • A lista é longa, no entanto vamos focar com o que é culpa da Saban, primeiro com a adaptação de texto! Eles jogaram um monte de coisas pra encobrir “fatos” da cultura Japonesa (entendam como: cortando episódios inteiros ligados à coisas da cultura Japonesa como a Golden Week/Semana das Crianças, festival de ano novo, entre outros episódios cortados; porém eles não cortaram episódios da semana cultural e do festival escolar que foram normalmente ao ar!? Qual o critério???).
  • Já falei que dublar em Miami não foi definitivamente boa ideia? Salvo uns raros achados o elenco em geral foi de muito ruim a terrível em atuações.
  • A série original já sofria do problema de não saber onde se focar, pois o tema central eram contos de fada, mas em paralelo as histórias da série se focavam em questões de pré adolescentes; então em vários momentos vendo o original já não sabia em que público focar. Se em crianças ou adolescentes? É a Saban deixando o texto mais infantil? Acabou piorando as coisas!
  • 40 episódios me pareceram uma eternidade (e detalhe que ainda teve 8 episódios cortados!); mesmo a média de 45/50 episódios da franquia. Precure já normalmente sofre de gigantismo; então  pra mim cortar, ou editar alguns episódios pra deixar a trama mais enxuta!? Eu acho preferível! Então dá pra entende a “necessidade” de cortar/não cortar algo; mas o real problema foi como foram feitos os cortes. Os cortes saíram no fim de qualquer jeito por parte da Saban. Não serviram para simplificar a trama! A real utilidade foi mais pra cortar referências da cultura Japonesa e quando não puderam cortar? (Pois o episódio era importante pra trama). A coisa ficava muito feia. O que tornou o remendo pior que o “soneto”!
  • A dubladora da Emily/Miyuki era insuportável! A primeira metade da série era uma aventura de se ver s[o por causa dela. Agora imagina uma protagonista bem ruim Agora multiplica por 5 e tu tem a Emily! E daí tu entende até o elenco soltar uns cacos zoando ela. Isso foi terrível pra série em si! Admito que ela até melhorou muito na segunda temporada; mas eu já estava com a péssima mania de abaixar o som da TV toda vez que via a cara da personagem dela na TV!
  • O final da série já não é dos melhores, ainda mais forçado por um dos piores grupos de vilões; as Bad End Pretty Cure (o grupo tão genérico e tão tolo que só serviu pra tornar as heroínas mais fortes! E não me venham com: Oh nossa no original elas eram fabulosas! Não! Só não! Elas são imitações baratas dos Nezirangers (ou se preferir os Ciclo rangers da versão Power Rangers); até nos diálogos! Até na função na trama são parecidos! De ser um paredão pra o vilão final ganhar tempo e energia). É adicione elas falarem versões “negativas” dos termos da dublagem da Saban, que isso só deixou as coisas ainda piores ainda!

Conclusão

Se o povo estava temeroso com a adaptação da Saban, bom eles foram capazes de realizar os piores medos de uma só vez! Não vou ser idiota ou um odiador e negar o que fizeram de legal que foram as canções e ao menos tentar reduzir o número de episódios.

Smile Precure é um anime bem mediano, e eu daria nota 6 ao original, tem algumas personagens fora do comum do mahou shoujo como a April/Nao e a Kelsey/Akane (coisa que te ajudam a ver à série!); mas no geral a série já era fraca; mas e agora? E com o “plus” do trabalho da Saban? Bem pode parecer uma nota injusta pois se nota um real esforço em melhorar na segunda metade! Pra mim tem que se ver o geral da série e eu daria pra Gliter Force a nota 3! A primeira metade? Salvo alguns personagens, posso dizer que a Saban a tornou numa tortura de se ver! Foi um espetáculo insuportável de se ver e ouvir e dou toda a razão pros que abandonaram. E aos vários movimentos pra que trouxessem as outras séries de Pretty Cure através de outra distribuidora! Mas a Saban tinha a licença pra duas séries, além da opção de poder usar qualquer série da franquia! E não teria medo de usa-la!

Se querem uma recomendação? Passem longe de Glitter Force! (e já aviso não tem relação com Doki Doki Precure e nem Doki Doki Gliter Force), mas se realmente quiserem ver a melhor “glória”? Procure e assista Smile Precure! Só que sinceramente, Smile Precure não é um bom ponto de entrada pra mim. Ainda é um ponto em que Precure compartilha coisas demais com super sentais e tem menos a sua própria identidade.

Disponível na Netflix! (dublado ou legendado em português) – Ainda na data base, no entanto indisponível no momento.

Galeria

Smile Precure Grupo
Definitivamente não são os Power Rangers! Onde estava o “memorando” disto? Porque leram Saban?
Meme Smile Precure Vs Gliter Force
Pode chorar a vontade garota! Você foi muito mal tratada no ocidente. E em especial no Brasil…

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