Delicious Party Pretty Cure

Acreditem se quiser o tema daqui ser sobre comida, torna mais fácil falar deste anime. Pois gosto e paladar é algo de cada um. Disto isto as vezes series longas, franquias, Tokusatsu e Precure seguem muito uma formula. E até nisso dá pra fazer um paralelo pois cada um é cada um. Tem gente que ama comer a mesma comida e a comeria pra sempre e tem gente que sai em busca de novos sabores e pratos. E bem já adianto que se a comida não faz mal a saúde, não há resposta certa a esse dilema. Pessoa é única. Mas as vezes tropes/clichês são fáceis de ser apontados, no entanto falar o porque não funciona é a parte difícil e longa. E posso dizer que ainda bem que estou aqui! (ou não; é sua opinião no fim).

Vamos lá! Isso vai ser longo é complicado de se explicar. Mas as vezes vendo muito um gênero você sempre espera novos sabores, novas coisas que tornam a serie bem única mesmo estando numa franquia. E já adianto que este fator falta muito nesta série e vocês vão me ver muito reclamar de coisas comuns do gênero Mahou Shoujo e pra mim a questão é mais em como não funcionam aqui. Mas eu meio que fico temeroso. Pois vou ser sincero se você nunca viu um Mahou Shoujo, Precure ou Tokusatsu e caiu diretamente aqui!? Algumas das minhas reclamações podem parecer bizarras. Mas vou tentar balancear nos pontos e na conclusão. Então fiquem primeiro com algumas curiosidades.

Mas vamos sair da coisa chata e falar de curiosidades de produção, antes de chegar nos meus tradicionais pontos e a conclusão. Delicous Party nasceu com o tema já definido que seria sobre a alegria de comer; pois nesta serie eles queriam um foco diferente de Kira Kira Precure a La Mode (que apesar do seu tema ser sobre doces e confeitos de padaria; ela falava sobre a alegria de cozinhar). Com o tema já definido! (em teoria nesta serie o tema já veio definido do comitê de produção pela TOEI; mas encare isso como um achismo pois ninguém nunca declarou isto; mas fica bizarro em várias entrevistas da direção, produção e roteiristas, o fato de NUNCA ser falado de como a ideia nasceu; e olha isso é bem mais comum em precure do que imaginam, em falar da onde veio a inspiração). Foi juntada uma equipe que já tinha experiência com a franquia incluindo a escritora chefe Sawako Hirabayashi (que aqui temos algo estranho, ela tem poucos créditos como roteirista e sim efetivamente esta foi a primeira série em que ela teve o comando dos trabalhos de roteiro; mas ela já trabalhou como “escritora fantasma” na franquia inclusive em em Healing Good, Doki Doki Precure e em dois Kamen riders: Kabuto e 555; com isso sendo citado por outras pessoas do staff, que ainda falaram que ela tem larga experiência em roteiro; mas encare esta parte como boato; pois trabalho em comitê envolve muita coisa escrita por executivos ou gente de confiança contratada por eles. O normal nestes casos é receberem todos no conjunto um nome genérico nos créditos, na Sunrise por exemplo que faz este tipo de trabalho recebe genericamente o nome de Hajime Yatate. O ponto aqui e em mostrar que mesmo sem experiência, ela tinha a confiança da TOEI). Mas ela não ajuda a si mesma quando dá declarações; já removidas do Twiter; em que ela fala que ama comer e queria passar esta sensação as pessoas com a serie. O que meio manda duas indiretas. A serie já nasceu engessada por causa de Kira a Kira pois não podiam muito usar o tema do amor de cozinhar (e em 45 episódios só fizeram dois episódios que efetivamente usaram o tema alegria de comer) e a escritora ama comida (a parte de comer, mas a parte de cozinhar ou a do tema que claramente foi posto no colo dela pela Toei de: alegria de comer era tão genérico que ela não “enxergava a intenção”; que aqui vai um chute; deveria ser: o quanto sentimos alegria de comer junto daqueles que amamos como família, amigos próximos, “a cara metade” ou usamos a reunião no ato de comer pra reconciliar; aliás este ultimo esteve na série).

Só que o tema foi o menor dos problemas. No ano passado a Toei Animation foi hackeada o que fez ter vazado vários roteiros e alguns trechos animados de series. Isso gerou atrasos gerais nas series, porém afetou em cheio duas produções Dragon Ball Super: Super Hero e Delicious Party Pretty Cure. Enquanto Dragon Ball teve alguma cenas não terminadas vazadas (o que meio se virou contra o hacker, pois isso ajudou a vencer um pouco de resistência do público pelo 3D usado na produção; ao menos era o “clima na época”, encare esse impacto como boato) em Precure levou a uma enxurrada de problemas como:

• Corte de 5 episódios
• Adiantamento da trama da Amane (pois a “virada” foi toda vazada).
• Corte de um dos episódios de Natal (Sim! Iam ter dois episódios, porém foi cortado em nome de iniciar a saga final mais rápido).
• Um episódio de festa na piscina (que vazou no hack e foi cortado).
• E mudanças diversas pra adequar a trama aos cortes (que nunca vamos ficar sabendo de quais foram provavelmente).

Daí temos uma das menores séries de Precure, junto com vários elementos inéditos na franquia como narração, transporte pra outro lugar pra lutar, apresentação via créditos dos personagens e apresentação de uma das 3 medidas das garotas!? (sabem aquelas três medidas que não se pergunta casualmente a uma garota… peito, quadril e peso… resolveram por algum motivo bizarro divulgar o peso das cures no site oficial; inclusive a diferença do peso delas transformadas!?).

Agora é o momento em que vamos aos tradicionais pontos do que achei de Delicious Party e se preparem pois vai ser bem longo.

Foi Bom

• Não gosto do clipe mas a musica de abertura é bem convidativa. A abertura tenta manter o clima no entanto pra mim ela não sobrevive a “repetição”.
• Mais uma vez o segundo encerramento é excelente. Tem uma musica cativante é um clima bem convidativo.
• Kokone é uma grande personagem (é a primeira cure azul em anos a não ser “problemática”. Graças a deus! Já pensaram de eu vir aqui reclamar de mais uma cure azul!? Iam achar que odeio a cor, quando na verdade é a minha cor favorita). E muito se deve a interpretação de Risa Shimizu. E nossa como ela deu credibilidade ao desenvolvimento da personagem via sua atuação. Ela é a única das cures que podemos dizer que teve um crescimento do momento um da série ao final! De uma garota com problemas de comunicação pra alguém corajosa o suficiente de comandar a situação e liderar as cures enquanto uma certa “vovó maníaca” estava em curto pois os conselhos da vovó não funcionavam e o “namorado” jogou os erros dela na cara e acabou sendo gravemente ferido por causa do orgulho idiota dela. Ela saiu de uma garota insegura pra alguém dona de seu próprio destino e muito disso veio da interpretação e do que seu arco de personagem (que teve um começo excelente, inclusive é o melhor arco do começo da série, quase foi esquecida no meio; acho que muito pelo arco dos pais distantes ter sido “abortado”; e brilhou no fim da série).
• Yum Yum é a minha cure favorita daqui (sim; se estão notando um padrão tenho uma certa queda pelas maluquinhas). Ela é energética sem ser exagerada, tem um espirito de sempre encarar tudo de frente mesmo não tendo uma solução, tem a transformação mais bonita, tem um “curesta” (que é a como a franquia fala do Instagram). Mas tenho que encarar o elefante na sala que do meio da série em diante ela só está lá! Faz coisas e só é lembrada por causa da sua “excentricidade”. É tem o segundo pior episódio próprio o episódio 32 que vira mais “um episódio filer” por causa do episódio ser sobre um convidado e ainda por cima o 4º falando sobre Udon, e complica mias tendo a Ran como segundaria no próprio episódio de destaque. Se tem aqui uma grande interpretação, uma grande construção de personagem pela dubladora, porém tenho que admitir que a série não sabe capitalizar em cima dela (em minha opinião talvez muito pela trama dos vilões usarem o curesta dela como dica pra atacar ter sido abandonada e esquecida na própria serie; que jogou fora a exploração do assunto de uso e perigos de redes sociais e também a chance de explorar melhor os dramas dela).
• Opinião impopular; mas vocês sabem que não tenho papas na língua e vou falar mesmo assim. Eu gosto do papel do Mari como mentor das Cures, isso é algo novo e deu um frescor no começo da série e nos combates; mas não sei o quanto este papel foi afetado pela invasão? No entanto sei que na volta ele teve uma completa perdida no papel, ficando mais como o cara que faz pose bizarra pra vir o mesmo campo obrigatório de luta, fazer piadas sem graça e ser o adulto bizarro do grupo. No final conseguiram ainda dar uma “volta por cima” e foi ainda um grande conselheiro das meninas, lutou junto delas e souberam usar no episódio final a relação dele com o vilão.
• Os cortes pra comercial (ou como tradicionalmente chamam lá fora: eye catch) desta serie são muito bons e criativos. Foi algo que voltou e são uma boa quebra pra uma pausa (hoje em dia quase ninguém usa pela liberdade da emissora cortar as partes do episódio ou da “inutilidade” no streaming; mas é divertido ter estas interrupções pra se pausar ir no banheiro ou só conversar com amigos e família. E sendo tão rápido e fofo? Fica algo bem agradável e é uma volta bem vinda!
• O episódio 26 é um episódio bobo. Porém muito bom! O conflito da Kome Kome não comer uma certa “hortaliça” é tratado direito finalmente! Kokone vem salvar o dia dizendo que ambas tem que vencer o preconceito e a turma procura pratos em que elas possam comer a “hortaliça”. E é um bom episódio com uma lição bonita de vencer preconceitos e tentar comer novas coisas que sejam boas pra saúde. E ainda fala sobre escolhas. Você pode até recusar certas coisas por serem ruins pro seu paladar até achar aquele prato que te satisfaça mesmo tendo algo que não gosta “puro”. Aliás o fim é excelente é um raro episódio bom, porém é meio uma bola curva no tema.
• Ao menos dou créditos ao episódio 34 o conflito entre avô e neto tem um sentido. Que a conversa faz recuperar as relações dos dois e é feito através da comida. Justamente a conversa sobre um prato é o elemento que junta os dois; podemos dizer que temos um episódio em que o tema funcionou muito bem!?
• Eu ainda quero ver o filme todo mas já tenho uma opinião! (spoilers já vi e não muda o que disse aqui). Ele é muito melhor que esta série toda por uma margem grande! (eu só o achei em 6 partes das quais duas não funcionavam, mas vi 40 minutos das 1h 04 que ele tem). Digo isto por uma serie de fatores. O vilão tem uma motivação boba, porém é excelente como é! (basicamente ele aprende uma lição quando criança com a vovó maníaca, e ao crescer distorce a lição e a usa contra a Yui! Já nisso ele humilha o Godatz fácil!). Mas este filme tem mais! A cena do Mari sendo jogado na lata do lixo por ser “considerado podofilo”, é hilária e garanto que deixou muita gente rindo. As cenas de ação são boas, a história apesar de ser mais um flautista de Hamelin é simples e direta. E ao menos aqui tentam dar uma justificativa pro “power up das cures”, melhor que liga o nitro e termina o episódio da serie.

Foi Mediano

• Aqui eu fico no meio termo quanto a simplificação de transformação por um lado não é bom simplificar logo após a primeira vez como em Tropical-Rouge! Mas por outro. Fazer que nem Delicious Party? Não dá! Sério 35 episódios foi a demora pra simplificar as transformações e as sequências que já eram medianas, ficaram quase tediosas mas ao menos resolveram simplificar em algum ponto é por isso fica num “meio termo” por causa de…
• Pode não ser memorável. Mas se você aguenta 3 minutos só de transformações e junto de dramas horrendos. É por um bom motivo! A trilha sonora era a responsável. Ela acentua bem os momentos de transformação e é usada bem nos momentos de drama da serie. Mas ela não se torna memorável por causa que as cenas não ajudam e pela repetição direto na serie.
• Aqui vou dar um desconto à Amane e a Ai Kayano. Primeiro quando se tem um vazamento revelando que uma vilã vai se tornar Cure? Só deixa meio duas opções: mudar tudo e “apagar” este fato ou apressar o fato pra por coisas novas (é meio a produção não ajuda quando só tem duas vilãs e uma delas é atriz com larga experiência no elenco e a outra só fez papeis menores… só meio que sobra “alguém na dedução” de quem vai mudar de lado e ser cure). Nisso o processo de ser vilã, conviver com as mocinhas e passar pro lado das heroínas foi todo feito a jato. Ela já estava entrando num navio afundando que os roteiristas só torpedearam pra afundar de vez por coisas como: evitar falar dos sentimentos dela de ter sido “manipulada” pra ser vilã, evitar falar da culpa que ela claramente sentia, até o “parfait” que dá poderes a ela é esquecido por um longo tempo e a rivalidade com o Narcistoru (que parecia na serie ser mais choque de gênios; pois qualquer coisa é especulação; só que vou chutar que eles tinham um plote de que foi o senhor Narcisista a leva-la ao mau e Amane tinha dificuldades no que sentia: raiva consigo mesma? Raiva pelos seus atos ? Ou vontade de se vingar? De qualquer maneira a série preferiu esquecer e tratar de forma “neutra” e genérica). E todos esses fatores deram a Ai nada pra trabalhar. E ela ao menos entregou algo mediano (e se for falar de algo bom e não “sabotado”? Só tem a transformação dela que parece vinda de qualquer outro precure; menos este aqui; porém ela é bonita).

Foi Ruim

• Isso vai doer, será bem longo e vou logo começar com a principal responsável pelos problemas daqui. E é a vovó maníaca. Nossa como Hana Hishikawa tenta mas falha miseravelmente no tom da personagem (pior que no 31, ela fazendo outro papel? Ela o faz muito bem, o que me leva apensar: de quem é a culpa?). Mas dizer porque a Yui só é uma personagem muito ruim. É super simplificar um desastre de avião pois ela tem muitos fatores que a sabotam na própria série. Desde do começo a “energia” dela é irritante e isso fica pior diante da Yum Yum que faz o tipo direitinho (a garota energética e positiva) na mesma serie. Mas sinceramente isso é o de menos! Os problemas pioram com a narração. Olha aqui vou dar um exemplo mas em Kamen Rider Kabuto ter em alguns (poucos) momentos a narração da vovó? E ela ser citada quase sempre em todo episódio? Tem um bom motivo. O protagonista Tendo Soji perdeu os pais e foi criado por sua avó. Com ela sabendo do futuro que o neto teria desde do “momento um”. E ela o preparou pra este futuro com conselhos e treinamento. Aqui temos uma garota que endeusa sua avó que morreu com ela tendo uns 4 anos e ignora completamente seus pais e o mundo a volta dela. E leva a distorções horrendas como no episódio 20, onde ela é a Amane chegam na bizarra conclusão que roupa e mais importante que saúde, ou o 24 com a briga mais mal interpretada e entregue em toda a franquia!!! Sabem quando falam em maniqueísmo como clichê? Este episódio é um excelente exemplo disto! Kome Kome não quer comer um prato por ter algo que ela não gosta (detalhe que o “preconceito” com um ingrediente é resolvido só 2 episódios depois e pela Kokone que nem é a parceira dela!!!), Yui manda uma das lições da vovó e Kome Kome se recusa a comer o prato e vai embora; daí é quase sequestrada pelo vilões, as mocinhas a salvam e a Kome Kome pede… desculpas!? É o episódio termina sem o assunto ser resolvido e nem o motivo da briga ser resolvido, no ep. 34 ela quase estraga o episódio por picuinha se não fosse o Takumi o episódio seria implodido, no episódio 39 temos um caso em que ela quase “mata” alguém por causa de um conselho que cozinhar é vida e pouco importa a falta de tempo ou os sacrifícios feito por outros, você tem que arriscar a saúde pra fazer um bendito bento!!! E ao ver o conselho dela “quase matar” alguém; o problema se resolve por si só com pai e filha conversando sobre futuro e no quanto ele ajudar a família e cuidar de tudo é um “fardo” suportável em prol da filha realizar seus sonhos é algo que era pra ser um baita episódio, com uma baita lição? É implodido pela burrice da Yui! Mas isso é pinto perto do final! Além de ignorar os sentimentos do Takumi, A SERIE INTEIRA!!! Com o detalhe do mesmo pondo a pratos limpos o que sente é o disfarce de Black Papper. Ela com esta revelação se considera traída!? E ainda com o plus ao ver o vilão revelar que quer poder, puro e simples poder. Ela tenta dialogar com ele 3 vezes, impondo a conversinha da vovó e nas 3 ela põem SEMPRE alguém em risco! Na primeira a Secretoru salva as garotas, na segunda o pensamento rápido do Mari as salva, mas na terceira Takumi tem que se sacrificar pra salva-la e ela nem culpa sente!? Só fica em “choque” no quanto as lições da vovó não funcionam, ignora o Takumi por um bom tempo e colapsa mentalmente. E se não fosse o mais que telegrafado “deus ex maquina dos gatos”? As amigas dela estariam mortas pela teimosia idiota dela. Mas temos uma virada do nada num papo sem sentido sobre comida com o Takumi, seguido do pior pedido de desculpas da franquia precure (pois a Yui ignora totalmente o motivo do papo dela ter dado errado) e ela vai pro QUARTO PAPO com o irrazoável! Ao ser atacada (ao menos dou crédito ao vilão por ser manter no “personagem” e pelo fim ser um pouco diferente do normal), ela resolve tudo com o “deus ex maquina dos gatos” pra lá de telegrafado. Então só posso dizer que com certeza Yui é uma das cinco piores protagonistas da franquia. E nada a ajuda aqui.
• A pausa não fez nada bem pra serie. O ritmo dela é corrido. Mesmo tendo uma montanha de episódios de dia a dia. Se for resumir? A serie só tem 2 arcos: O mistério dos roubos dos recepis (do qual sendo honesto só uma vez perguntam diretamente a Amane sobre como ela viajava pro esconderijo e dão até uma boa resposta de como ela não entra de novo; mas esquecem completamente de perguntar sobre o chefe dela, com quem trabalhava e outras perguntas “normais”) e gatos salvam o mundo num plot twist já montado no episódio 38 e esperando pra ser uma torra de jenga caindo com o plus de zero de impacto da morte de uma certa fada.
• A serie não faz a menor questão de explicar como “funcionam” os recepi. O que temos é se um é roubado? Tem efeitos que acontecem originados por quem roubou. Mas isso meio que leva ao que chamo pergunta Monty Phytom: Se eu roubar o recepi da Pizza de calabresa? Acontece algo com todas as Pizzas do mundo? Ou só as Pizza de calabresa? E coisas mais simples como por exemplo roubo o recepi de Banana com Nescau? Vai afetar todas as bananas do mundo junto de todos os Nescaus do mundo? Ou só a combinação finalizada de banana com Nescau? O que indiretamente faz você assistir os episódios sem saber da escala do problema. Pois o vilão quer juntar um X número de pratos pra recriar o “presente de formatura que nunca ganhou” (vou referenciar a motivação dele direto e deste jeito por motivos de não revelar plot. Pois se eu disser diretamente o que é? Vai levar a num momento da serie você saber quem ele é; aliás já sinto que falei demais). E leva a tantas questões como porque não usa o roubo dos recepi pra escravizar as pessoas pela fome? Ou controlar as pessoas via a disponibilidade de alimentação e chantagem! No fim! Pra que isso? Obter poder absoluto é melhor! E não questionem! O potencial perdido tem muito cara que não pensaram nisto e abandonaram os buracos da trama quer sejam os grandes, quer sejam os pequenos.
• Se seu nome não é Kome Kome? Então não faz diferença das fadas falarem ou de se expressarem depois de se transformarem pois elas não tem desenvolvimento algum e se “tornam em adereços”. E isso é péssimo pra Pam Pam e Mem Mem, pois eles só estão lá pra latirem frases de efeito. E temos de volta um problema velho de precure e agravado! Pois se antes de Healling Good as fadas só davam poderes, soltavam frases feitas e compre a pelúcia! Aqui temos o extra do bom e velho problema de temos uma cure favorita e esqueça as outras! Só que aplicado as fadas. Ok que a Natsumi Takamori agarrou cada momento que teve em cena com um interpretação arrebatadora. Mas o esquecimento do resto das fadas foi flagrante; praticamente no ultimo episódio só tacaram as novas formas delas do filme por “easter egg”.
• Temos os mais simples e os piores finishers de todos os precures aqui. Sério onde tinham na cabeça de colocarem o soco de shonen que só vai aumentando os números pra fingir impacto, a sanduicheira gigante! E o menos ruim que foi o corte da macarronada da Yum Yum. Mas ainda temos o tiro de liquidificador que é copia carbono do segundo finisher em grupo de Healing good, e por deus o Mix de frutas que é basicamente uma apresentação do “brinquedo” (baseado no “transformador” da Cure Finale), e se não ficou “chocado”? Deus do céu o das velas até a produção faz piada no episódio final (este ultimo um dos piores em anos!).
• Animação foi bem abaixo da média do começo até o episódio 36. Cenas de ação sem peso, os cenários repetitivos e a ação muito básica. Daí veio o pessoal de animação que fez Tropical-Rouge é a coisa mudou da noite pro dia. Mas o traço deles é tão diferente que fica clara a troca e nos 3 últimos parece até que estamos vendo outra serie; mudança feita num tempo de tentar salvar a serie mas só cena de ação não te salva dum roteiro ruim e confuso.
• Aqui trouxeram várias coisas de volta da franquia pra ajudar na divulgação. Com a volta do cozinhando com as precures do Kira Kira a la mode (que foi exclusivo do Youtube e teve 11 episódios), teve um falando com as precure com a Yui (12 episódios) e a volta do convite a canção iniciado em Tropical-Rouge é mesmo com o sucesso da serie na TV japonesa (esteve por boa parte da duração no top 10), se nota na serie seguinte que algumas coisas não deram muito certo (o do cozinhando podem por na minha paranoia, mas todo o resto foi extinto ou alterado na serie seguinte).
• Vocês me fazem uma cena (em uma transição) mostrando que existem outras precure (mostrando num tubo “dimensional”), põem cenas dos 4 últimos precure e me para aí!? Olha já tivemos “14 escalas de Vingadores” das Precure e quase sempre em filmes (que vem aliás numa escala de queda de renda por desgaste, se for super simplificar o problema). Pra me insinuarem isso numa serie e FAZEREM ABSOLUTAMENTE NADA DEPOIS! (detalhe o filme de Delicious Party tem ZERO de participação de outras cures; a não ser que você conte o curta 3D; que só teve no cinema; cozinhando com as cures que tem a participação das 4 ultimas cures principais, inclusive com alguém com a voz trocada). Precure tem que dar um jeito de não limitar as participações a trocas de bastões ou a filmes, se não vão se prender numa armadilha sem saída; mas ao menos na serie nova eles deram uma mudança no convite a musica que já é algo.
• Olha o Takumi é um bom personagem! (só infelizmente se tem o normal de romance de precure hetero = Nossas precure são ídolos então não temos tempo pra mais do que se deem as mãos e acabou! Por isso nem vou falar do chove e não molha do romance dele com a Yui; pois isto virou piada no próprio anime). Só o real problema é sua contra parte Black Pepper. A tempos Precure procura por um garoto na ação com resultados piores um dos outros. Aqui nossa “Pimenta Negra” é uma tentativa de por um menino ao lado das heroínas e faze-lo sem perder a masculinidade (nê Hugtto e seu todo mundo pode ser precure desde que seja mulher). Só que o resultado aqui é a coisa mais genérica desta serie! E piorado pelo romance dele ser o padrão de Precure. O que leva a quase não interagir e só aparecer como um “striker”/”ajudante” ou como alguns gostam de chamar o complexo Ikki de Fênix (aparece, depois salva/ajuda o pessoal e vai embora). É isso torna ele uma das coisas mais chatas daqui.
• Aqui posso fazer um bingo de clichê de series de mahou shoujo. Notem que são coisas normais de series do gênero, só que aqui são muito mal usados. Vamos lá a lista de pequenos problemas que não devem incomodar você. Porém acho que a própria TOEI notou e já tomou várias providências na série seguinte: Kyuubey quer contratos pra agora!!! (se for “novato” leia como vamos transformar estas meninas em meninas magicas pra ontem pois temos que vender bonecas), Precisamos ganhar tempo! (não vamos simplificar transformações pois não interessa se são boas ou não! Temos que gastar tempo de episódio com transformação), Personalidade!? Onde? (as vezes não dá pra equilibrar o elenco, no entanto as meninas mágicas tem que ser interessantes e Yui é um tremendo gol fora agravado por ser a Cure principal), Motivação??? pra que? Tem que ser mau pelo prazer de se ser mau! (e nossa não vou dar spoilers mas no quanto os capangas tem até um pouco de personalidade e motivações! Só o “chefão” é mau porque não ganhou o queria na “formatura” e decidiu que toda a sua vida seria pra ele fabricar o “presente”. E isso é infantil e idiota deste jeito. E sabem do pior se ver bem a abertura e os episódios? A serie te entrega quem ele é SEM NEM DAR PISTAS!!!), se você chorar? Você ganha poderes! Tudo é falta de chorar! (o bom e velho não justificar power ups é bem grave aqui, ainda mais por eles virem exclusivamente da Kome Kome; o que por “lógica” do meio da serie a tornaria em alvo, mas sabem… o sindicato impede atacar a ÚNICA FONTE DE PODER DOS HERÓIS!), deus ex maquina! (não vou negar que é meio comum em Precure, porém as vezes são bem montados), lição do He-man (comum em todo anime infantil, mas as daqui tem uns problemas sérios de serem a lição errada as vezes), transformação tem que empoderar! (é isso precure esteve meio perdido até retrabalhar tudo, desde da musica, a coreografia, a até a simplificação em Soaring Sky! Sendo um acerto critico).

Conclusão

Olha gente! Lembram lá no topo quando falei que aqui falar de comida vai facilitar pra caramba pra mim. Pois bem gosto cada um tem. E sempre tento escrever os meus reviews de modo a mesmo contendo uma opinião, alguém possa ver os pontos. Daí você tenha por si só o poder e também os recursos, pra decidir se o que foi analisado vale ou não. Daí a você decida se vale a pena (com um extra que espero lhe dar em decidir se veja sozinho, com amigos ou família).

Algumas vezes séries seguem formulas e clichês pra montarem seus episódios. Além de franquias e séries longas sofrem com o fator de repetição da “mesma coisa direto”. Sabem o que isto tem em comum com comida? Todos temos coisas que gostamos e lugares que gostamos; mas as vezes surge a vontade de procurar um sabor ou um lugar novo. E isso pra franquias, Tokusatsu e Precure é sempre um novo desafio a cada série em dar aquele “sabor” que torna a coisa única dentro de uma franquia! E por isso se nunca viu Precure ou algo do gênero? Talvez aumente a nota que vou dar em 4 pontos. Mas a minha nota pra esta série é 3. A questão não é que ela me ofenda; aliás o meu problema é o quanto ela joga no seguro e imita outras series pra no fim ser aquele arroz com feijão insosso que enche o bucho, porém você não sente gosto algum! Ela não tem nada de novo, ela imita tantas coisas de outras series. Mas ela quer ser algo independente, ela quer se mostrar como algo bom por si (tanto que o filme da serie e um dos raros dos últimos 10 anos a não ter nenhuma precure de outra serie); e no fim ela só é uma cópia, só quer fazer tudo no mínimo. E pra mim que não vi a franquia toda, mas já analisei 7 (e sim estou contando a “trapaça” que fiz analisando junto Doki Doki e Smile das suas contra partes americanas) e vi aos pedaços outras 6 (o que dá se excluir as Glitter force? Vi umas 11 series, das 19 que existem). Não torna bizarro eu começar a ver padrões e definitivamente Delicious Party não é do meu paladar. É uma serie que aposta no tradicional da franquia e de outras series, não coloca nada do seu tempero e fica algo vazio. Outras series erraram no tema mas foram memoráveis por conseguirem a sua própria receita. Delicious Party só faz o checklist de: ponha protagonista energética + conselhos da vovó do Kamen Rider Kabuto + pessoas com distúrbios sociais pois tá moda com Komi-san (e tenho que dar o braço a torcer aqui pois a Kokone é um dos melhores elementos da receita) + ponha uma “excêntrica” + ponha o Tuxedo Mask + um “Zordon” (Mari tem altos e baixos, mas foi uma boa adição) + fadas que falam + convite a canção (uma mais desanimada que a outra; ninguém chegou nem perto da animação da Ai Farouz ou da elegância da Rina Hidaka em Tropical-Rouge) + taque a “pedreira magica do tokusatsu” = dê o dia e o trabalho por finalizado!

Olha eu acho que tem series melhores pra te introduzir no universo Precure. Todavia a quem interessar Delicious Party Precure está sendo distribuído pela Crunchyroll e você pode acessar a pagina por aqui.

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